No mundo animal cada ser tem um “dom” especial, a lebre com a sua agilidade, os leões com a sua força, coragem e liderança, e os golfinhos com a sua astúcia. Com o ser humano não poderia ser diferente. Porém, ao contrário do que muitos pensam, a inteligência não é o maior “dom” do homem. É claro que nos ajuda muito, mas nós não seríamos nada sem a nossa curiosidade. Sem ela, não descobriríamos como dominar o fogo nem procuraríamos entender a natureza.
Todos nós nascemos com este instinto, e é só lembrarmos que todas as crianças passam pela fase dos “por quês”, mas somos reprimidos com respostas grossas que nos deixam traumas e nos impossibilitam de aprimorarmos nossos conhecimentos. Seria mais interessante, para o desenvolvimento da sociedade, que, quando nossos filhos nos perguntassem como eles tinham nascidos, ao invés de respondermos que foi uma cegonha que os trouxe, explicasse alguns passos para se conceber um filho, deixando claro que seja de um modo que a explicação se adapte à faixa etária, atiçando a nossa curiosidade para sempre irmos além. Essa repressão cria uma barreira que nos impossibilita de olhar através da janela que nos mostra o mundo, e não nos deixa suscetíveis a absolver qualquer coisa que nos é informada, criando, assim, um círculo vicioso de alienação que vem aumentando a cada dia que passa.
A alienação acomete a nossa mente de uma forma terrível: ataca a nossa vontade de conhecermos os assuntos e nos informarmos e faz com que o indivíduo se julgue auto-suficiente. Vejamos bem: à medida que um estudante vá se aprofundando em sua leitura, irá se deparar com as mais diversas situações. Um aluno do curso de licenciatura de História, por exemplo, ao estudar o desenvolvimento da religião desde épocas distantes, encontrará fatos referentes a mortes, maus-tratos e outros absurdos sobre a Igreja Católica. O aluno, então, tentará questionar-se sobre o porquê do ocorrido e sempre terá temas para discutir e expor, estimulando a questão para que outros que vierem pela frente façam o mesmo e um dia acabem com isso. O estudante de Geografia lamentará bastante saber que está imerso num sistema financeiro cruel e inescrupuloso, procurando novas formas de atenuar o monstro da ganância. Ambos criando uma situação estável no meio social, adquirindo uma visão realista da vida e percebendo que poucos são os momentos de felicidade plena que o homem tem. Enfim, trabalham para que terminem com situações que deixam a vida infeliz. Aquele que perdeu o senso da curiosidade, inerente ao homem desde o começo dos tempos, verá sua vida resumida a sua rotina, ao seu fim de semana com amigos após uma semana atribulada no trabalho ou com a família. Esse mesmo, alheio ao que há no mundo, tem uma vida muito mais feliz, em uma determinada concepção, porque não possui preocupações como as guerras do Oriente Médio ou as desgraças que varrem a África e seus únicos esforços concentram-se em pagar as contas, divertirem-se e copularem uns com os outros. Resumindo: futilidades.
Quem sabe, depois de você ter lido esse texto, não tenha se identificado com algum exemplo. Não que estejamos chamando você, leitor, de irresponsável e desatento para com a vida. Mas cada um de nós sabe que podíamos fazer sempre mais do que já dizemos fazer. Não se deixe levar pelas seduções baratas dos meios de comunicação. Se interesse, afinal, a vida está acontecendo a nossa volta e não podemos parar.
Todos nós nascemos com este instinto, e é só lembrarmos que todas as crianças passam pela fase dos “por quês”, mas somos reprimidos com respostas grossas que nos deixam traumas e nos impossibilitam de aprimorarmos nossos conhecimentos. Seria mais interessante, para o desenvolvimento da sociedade, que, quando nossos filhos nos perguntassem como eles tinham nascidos, ao invés de respondermos que foi uma cegonha que os trouxe, explicasse alguns passos para se conceber um filho, deixando claro que seja de um modo que a explicação se adapte à faixa etária, atiçando a nossa curiosidade para sempre irmos além. Essa repressão cria uma barreira que nos impossibilita de olhar através da janela que nos mostra o mundo, e não nos deixa suscetíveis a absolver qualquer coisa que nos é informada, criando, assim, um círculo vicioso de alienação que vem aumentando a cada dia que passa.
A alienação acomete a nossa mente de uma forma terrível: ataca a nossa vontade de conhecermos os assuntos e nos informarmos e faz com que o indivíduo se julgue auto-suficiente. Vejamos bem: à medida que um estudante vá se aprofundando em sua leitura, irá se deparar com as mais diversas situações. Um aluno do curso de licenciatura de História, por exemplo, ao estudar o desenvolvimento da religião desde épocas distantes, encontrará fatos referentes a mortes, maus-tratos e outros absurdos sobre a Igreja Católica. O aluno, então, tentará questionar-se sobre o porquê do ocorrido e sempre terá temas para discutir e expor, estimulando a questão para que outros que vierem pela frente façam o mesmo e um dia acabem com isso. O estudante de Geografia lamentará bastante saber que está imerso num sistema financeiro cruel e inescrupuloso, procurando novas formas de atenuar o monstro da ganância. Ambos criando uma situação estável no meio social, adquirindo uma visão realista da vida e percebendo que poucos são os momentos de felicidade plena que o homem tem. Enfim, trabalham para que terminem com situações que deixam a vida infeliz. Aquele que perdeu o senso da curiosidade, inerente ao homem desde o começo dos tempos, verá sua vida resumida a sua rotina, ao seu fim de semana com amigos após uma semana atribulada no trabalho ou com a família. Esse mesmo, alheio ao que há no mundo, tem uma vida muito mais feliz, em uma determinada concepção, porque não possui preocupações como as guerras do Oriente Médio ou as desgraças que varrem a África e seus únicos esforços concentram-se em pagar as contas, divertirem-se e copularem uns com os outros. Resumindo: futilidades.
Quem sabe, depois de você ter lido esse texto, não tenha se identificado com algum exemplo. Não que estejamos chamando você, leitor, de irresponsável e desatento para com a vida. Mas cada um de nós sabe que podíamos fazer sempre mais do que já dizemos fazer. Não se deixe levar pelas seduções baratas dos meios de comunicação. Se interesse, afinal, a vida está acontecendo a nossa volta e não podemos parar.